quarta-feira, 15 de junho de 2011

Diferenças entre os processadores Intel Core i3, i5 e i7 da primeira e segunda geração?

Lançados no início deste ano, os processadores com microarquitetura Sandy Bridge vêm para mostrar um salto em desempenho computacional. Baseados na arquitetura prévia Nehalem, essas novas CPUs contam com muitas características semelhantes. Todavia, existem mudanças que fazem dessa evolução na linha Intel Core um grande marco na história da maior fabricante de processadores.

Tudo igual... Entretanto, muito diferente

Como a própria Intel denomina, os novos Intel Core i3, i5 e i7 são processadores pertencentes à segunda geração de uma arquitetura que mostrou excelentes resultados. E justamente por não se tratar de um uma nova linha é que muitas configurações são semelhantes.

Memória cache

Todos os processadores contam com memória interna, a qual é divida em subníveis. Cada um serve para armazenar um determinado tipo de informação. Vale lembrar que essas divisões de níveis já são bem conhecidas pelos nomes cache L1, L2 e L3.
Os processadores Intel Core de segunda geração vêm com algumas modificações no cache. Entretanto, antes de falar das novidades, precisamos deixar claro o que permanece intacto. Se repararmos bem, o cache L1 das CPUs com arquitetura Sandy Bridge não foi alterado. Dessa forma, esses chips contam com 32 KB para instruções e 32 KB para dados – quantidades de memória separadas para cada núcleo.
O cache L2 não sofreu alterações no modo de funcionamento, tampouco na quantidade de memória. Sendo assim, os processadores Intel Core de segunda geração trazem 256 KB de memória para cada núcleo (o que altera a quantidade total de acordo com o modelo). A única diferença é que o cache L2 foi renomeado para Mid-Level Cache (MLC), algo como “Cache de Nível Intermediário”.

Controlador de memória

Assim como na primeira geração da linha Intel Core, o controlador de memória do processador continua integrado ao chip principal. Tal método foi adotado anteriormente e surtiu excelentes resultados, fator que obrigou a Intel a manter a receita. Antes de continuarmos, vale lembrar que, como o próprio nome diz, o controlador de memória serve para controlar a memória. E no caso das CPUs Intel Core, são memórias do tipo DDR3.

Tecnologia Intel Turbo Boost 2.0

A tecnologia Inter Turbo Boost serve para regular a frequência do processador conforme os aplicativos em execução. Isso quer dizer que os processadores dotados de tal tecnologia são capazes de aumentar ou diminuir a “velocidade” e, consequentemente, economizar energia.
Com a segunda geração de processadores Intel Core, a fabricante realizou algumas melhorias no modo de operação desse recurso. Os processadores com microarquitetura Sandy Bridge têm sua frequência alterada pelo próprio sistema operacional, o qual não consegue ativar o recurso enquanto uma carga mínima é atingida.
Assim como a primeira versão dessa tecnologia, a segunda também depende de uma série de fatores. O valor máximo da frequência varia conforme o consumo estimado de energia e de corrente, o número de núcleos ativos e a temperatura do processador. Sendo assim, a CPU fica monitorando se todos esses valores estão dentro dos padrões e, se por acaso as tarefas demandarem mais poder de processamento, então o recuso é ativado.

Novidades fundamentais

Arquitetura

Antes de comentar sobre as diversas tecnologias que fazem parte dessas novas CPUs, vale abordar o que muda no método de construção. A primeira diferença notável está no tamanho ínfimo dos componentes internos. Os processadores com microarquitetura Sandy Bridge são fabricados com nanotecnologia de 32 nm.
Já os processadores com arquitetura Nehalem eram fabricados, em um primeiro momento, com nanotecnologia de 45 nm. Vale frisar, no entanto, que posteriormente a Intel investiu em chips com nanotecnologia de 32 nm.
Em teoria, tanto as CPUs Intel Core de primeira quanto as de segunda geração seriam idênticas nesse aspecto. Contudo, os novos modelos contam até mesmo com a northbridge fabricada com 32 nm, enquanto que, nos anteriores, esse componente ainda era de 45 nm.
A montagem dos componentes internos também sofreu alterações. Os processadores Sandy Bridge vêm esquematizados em formato de anel. Isso significa que diversos itens estão em diferentes posições. Tal mudança foi necessária em decorrência de algumas alterações quanto à ponte norte e a outros controladores.
A northbridge, inclusive, agora está acoplada ao chip principal, ou seja, na mesma pastilha de silício. Além disso, a unificação é uma característica primordial da nova arquitetura Sandy Bridge. Os núcleos, o controlador de memória, o cache L3 (LLC) e o chip gráfico estão todos unidos para melhorar o tempo de acesso e o compartilhamento de recursos.

Cache L0

Uma das principais novidades na arquitetura Sandy Bridge é o cache L0. Essa pequena memória vem para auxiliar o processador na hora de aproveitar dados comumente utilizados. O cache L0 recebeu o nome de cache de microinstruções decodificadas, o qual é capaz de armazenar até 1.536 microinstruções.
Esse novo cache é um benefício em dois sentidos: primeiro que o processador não terá de decodificar as mesmas instruções duas vezes, e, segundo, que a CPU consegue desativar a coleta de novos dados por algum tempo, fator que auxilia na economia de energia. A vantagem obtida ao usar o cache L0 chega a 80%, dado este obtido em uma apresentação da Intel.

Cache L3

Inovando ainda mais, a Intel mudou o modo como os núcleos acessam a memória cache L3. Nos modelos com arquitetura Nehalem, essa memória era independente. Nos processadores Sandy Bridge, ela é compartilhada — de maneira semelhante ao que se vê no AMD Phenom II. Isso significa que todos os núcleos podem acessar os mesmo dados, sem ter de ficar carregando as mesmas informações de forma independente.
Com isso, as CPUs com microarquitetura Sandy Bridge têm certa vantagem se comparadas às da primeira geração da linha Intel Core. Além dessa alteração no funcionamento, a Intel decidiu modificar o nome do cache L3 para Last-Level Cache (LLC).

AVX - Extensões de Vetor Avançadas

Em vez de adotar um novo conjunto de instruções SSE, a Intel decidiu adotar um caminho diferente. O conjunto de instruções AVX foi desenvolvido para utilização em aplicativos em que existe a presença intensiva de pontos flutuantes.
O que é um ponto flutuante? Basicamente, são números digitais, os quais servem para representar os números que conhecemos. Apesar de parecerem desnecessários, os pontos flutuantes possibilitam um aumento significativo no desempenho, porque são números simplificados para a fácil compreensão do processador.
Agora que você já tem ideia do que é um ponto flutuante, fica fácil compreender para que serve o conjunto de instruções AVX. Como o próprio nome diz, o AVX é composto por várias instruções, as quais vão possibilitar interpretar os pontos flutuantes e exibir números compreensíveis para o usuário.
Em teoria, o Intel AVX vai auxiliar na execução de aplicativos científicos, financeiros e multimídia. Todavia, a utilização desse conjunto de instruções depende do sistema operacional (só funciona no Windows 7 SP1 e quaisquer distribuições Linux que usem o Kernel 2.6.30 ou superior) e do aplicativo que está sendo executado, visto que o aplicativo precisa ter sido programado para trabalhar com tais instruções.
O Intel AVX utiliza operadores de 256 bits (contra os 128 bits que eram utilizados em conjuntos anteriores) e traz 12 novas instruções. Tais informações significam que mais dados podem ser processados ao mesmo tempo. Esse conjunto de instruções também será adotado pela AMD, nos processadores Bulldozer, visto que o objetivo é sempre gerar maiores vantagens para o usuário.

Intel HD Graphics

Uma das principais novidades das CPUs Intel Core de segunda geração é a presença de um chip gráfico acoplado com o processador principal. Por contarem com uma GPU, tais modelos são classificados como APUs (Unidade de Processamento Acelerado), assim como os novos processadores AMD Fusion.
As CPUs com microarquitetura Sandy Bridge podem contar com chips gráficos Intel HD Graphics 2000 ou Intel HD Graphics 3000. As GPUs desses novos processadores têm sua frequência variável conforme o modelo em questão. A memória desses chips gráficos é a memória RAM padrão do computador, todavia, eles podem utilizar os dados presentes no cache L3 do processador.
Por se tratar de processadores gráficos básicos, esses chips não são capazes de executar jogos com alta qualidade. Entretanto, o foco básico é a reprodução de vídeos em 1080p e de gráficos tridimensionais simples. Justamente por não se tratar de GPUs para jogos, essas unidades de processamento possuem suporte apenas para o DirectX 10.1.

Dual DDR3 e novo soquete

Os processadores da primeira geração da linha Intel Core podiam trabalhar com memórias DDR3 com frequência de até 1.066 MHz. Todavia, os módulos deviam ser configurados em canal triplo, fatores esses que mudaram completamente na segunda geração.
As novas CPUs trabalham com memórias DDR3 em canal duplo. Os módulos compatíveis podem operar na frequência de 1.333 MHz. Tal informação, no entanto, é válida para os modelos iniciais com arquitetura Sandy Bridge, visto que em breve pode ser liberada a versão do Intel Core i7 Extreme, a qual, em teoria, trará suporte para memórias com frequência de 1.600 MHz.

Outras tecnologias

Intel Clear Video HD Technology

Depois de tantas inovações, ainda sobraram algumas novidades que podem lhe convencer do potencial desses processadores. A primeira delas é a Intel Clear Video HD Technolgy, a qual combina uma CPU Intel Core de segunda geração com softwares específicos. Essa tecnologia possibilita melhor qualidade de imagem em vídeos 1080p e serve também para aprimorar o visual de conteúdos multimídia da web.

Intel Quick Sync Video

Essa tecnologia é dependente apenas de um processador Intel Core de segunda geração. O principal objetivo dela é acelerar a gravação de Blu-rays e DVDs, a edição de vídeos, a conversão de arquivos e outras tarefas multimídia. Como o próprio nome diz, em teoria essa tecnologia é capaz de sincronizar arquivos de vídeo quase que instantaneamente.

Intel Wireless Display

Os novos processadores Intel também possuem vantagens para os usuários que optam pelos modelos para portáteis. A tecnologia Intel Wireless Display é exclusiva para as CPUs Intel Core de segunda geração e possibilita que o usuário transmita um arquivo de vídeo diretamente do PC para uma TV, sem nem precisar de um cabo.

informações do canal tecnomundo.

http://www.tecmundo.com.br/

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